Uma força-tarefa realizada pelo Reabilita em parceria com o CHM (Centro Hospitalar Municipal) tem atendido casos complexos de ortopedia pediátrica em Santo André. Os pacientes, encaminhados pelas unidades básicas de saúde, Hospital da Mulher ou outros serviços médicos da cidade, são avaliados por equipe composta por três médicos do Reabilita e as cirurgias acontecem aos sábados, no CHM. Desde o início da ação, em setembro de 2022, já foram realizados 254 atendimentos.
A iniciativa atende pacientes com diversas queixas, entre elas pé torto congênito, polidactilia (um dedo a mais), displasia de quadril e outras deformidades. Após avaliação, as crianças têm os membros engessados até que a junta médica avalie o momento mais adequado para a cirurgia. No último mutirão, realizado em 7 de janeiro, foram três cirurgias em plantão que durou 12 horas.
“Fazemos uma avaliação criteriosa de cada caso. Alguns já chegam para nós e sabemos de imediato que é necessário um procedimento cirúrgico, outros colocamos gesso e vamos avaliando a evolução do paciente que pode indicar processo cirúrgico ou não”, explica o ortopedista pediátrico Caio Mendes Dias, que atua ao lado das também ortopedistas pediátricas Tatiana Ciolac e Gisele Leite.
Os especialistas explicam que o sucesso do procedimento tanto com gesso como do gesso seguido da cirurgia é a continuidade do tratamento. “Nos casos de pé torto congênito, a indicação é de uso de órtese por 23 horas por dia nos três primeiros meses depois da cirurgia e, então, de 14 a 16 horas por dia até completar quatro anos”, afirma Gisele. “O pós-cirúrgico é tão importante quanto a cirurgia. Temos alguns casos de pacientes que não seguiram as indicações corretamente e voltaram a ter problemas”, acrescenta Tatiana.