Fonte: Gustavo Baena/Fotos: Divulgação/PSA.
Município aprimora fluxos de atendimento em casos de ataque cardíaco, visando rapidez no diagnóstico e redução de hospitalizações e óbitos
A Secretaria de Saúde de Santo André, por meio da Coordenaria de Urgência e Emergência do município, promoveu nesta sexta-feira (2) o 1º Fórum de Boas Práticas da Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). O evento, realizado no auditório do Centro Hospitalar Municipal (CHM), reuniu profissionais das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), além de outros equipamentos da rede.
Durante o encontro, foram apresentadas ações que já vêm sendo desenvolvidas no município, em parceria com o projeto Sprint, da farmacêutica Boehringer Ingelheim, com o objetivo de aprimorar as redes de assistência ao paciente com IAM, popularmente conhecido como ataque cardíaco, e promover o diagnóstico rápido, além da escolha adequada da estratégia terapêutica. A partir da melhora do atendimento, são minimizados os atrasos e reduzidos os casos de hospitalização e mortalidade.
A iniciativa começou a ser desenvolvida em Santo André em abril deste ano, quando foi estabelecido o fluxo de rede, além de visitas técnicas dos consultores do projeto nas seis UPAs da cidade (Bangu, Sacadura Cabral, Central/Faisa, Perimetral, Vila Luzita e Jardim Santo André) e ao Pronto Atendimento de Paranapiacaba. Após a realização do fórum, os processos de capacitação in loco terão início.
As próximas etapas incluem a estruturação do Samu para a oferta de trombólise nas Unidades de Suporte Avançado (USAs); monitoramento e qualificação contínua dos processos e o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, para que o paciente, no pós alta, conte com o suporte de sua unidade básica de referência e o acompanhamento não fique atrelado apenas a Atenção Especializada.
O fórum serviu para o detalhamento da estrutura e pilares do projeto, numa troca de conhecimentos e experiências. A mesa de abertura foi composta pela gerente médica de trombolíticos da Boehringer Ingelheim do Brasil, Camila Ferraz Salgado; a gerente técnica de Urgência e Emergência da SPDM PAIS, Edilaine Defaveri; e a diretora de Atenção à Saúde do município, Luciane Suzano Pereira Cunha, representando o secretário Acacio Miranda.
Na sequência, teve início um ciclo de palestras. As apresentações trataram da Implantação da Linha de Cuidado do IAM em Santo André, com a médica Daniele Lopes Alfonso, coordenadora da Urgência e Emergência; a Classificação de Risco no Paciente com IAM, com Vanessa Tsoulfas, gerente de projetos da SPDM, que gerencia a rede municipal de Urgência e Emergência; o Manejo Terapêutico na SCA (Síndrome Coronariana Aguda), com o médico Thiago Arantes, líder do projeto Sprint na cidade; a Dispensação do Trombolítico para Manejo Terapêutico no IAMCSST (Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST), com a coordenadora de Farmácia da Urgência e Emergência, Francine Pereira dos Santos; a Regulação de Urgência e Emergência no IAMCSST, com a coordenadora médica da Regulação Hospitalar Municipal, Aline Portela; o Manejo Terapêutico Pós Alta, com o médico Willian Faria Ribeiro, diretor técnico do CHMSA; e a Educação Permanente em Saúde, com a coordenadora da Escola da Saúde de Santo André, Maria Beatriz de Miranda Matias.
As doenças cardiovasculares são responsáveis por 33% das mortes no mundo (18,6 milhões de pessoas morrem por ano), sendo que 75% desses óbitos ocorrem em países de baixa e média renda. No Brasil, são 376 mil mortes anualmente, sendo uma a cada 90 segundos.
Daí a importância da linha de cuidado implantada em Santo André, desde o ingresso do paciente na rede de saúde e todos os processos envolvidos em seu atendimento – diagnóstico, medicação, acompanhamento ambulatorial, aproximação com os serviços de regulação de vagas para internação no município ou fora etc. –, levando-se sempre em conta o fator primordial nesses casos: o tempo.
Os gestores que participaram do 1º Fórum de Boas Práticas da Linha de Cuidado do IAM foram unânimes na avaliação positiva da ordenação dos fluxos e da organização em rede para os pacientes e os profissionais da saúde. Dentro de seis meses, deve ocorrer a segunda edição do evento, quando serão apresentados os indicadores de qualidade alcançados pelo município.