Algumas facilidades eletrônicas, como recurso de atualização de dados bancários ou atualização cadastral junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), estão no foco de golpistas. As vítimas, em sua maioria pessoas idosas, são procuradas e induzidas ao erro. Assim, o que era para descomplicar a autenticação da identidade dos clientes, acabou virando uma forma de lesar e enganar.
Para se proteger, os consumidores devem ficar atentos em não fornecer seus dados, incluindo selfies (reconhecimento facial), a nenhum fornecedor sem antes consultar as entidades. É importante verificar se há comportamentos fraudulentos e se os impressos ou e-mails endereçados contém erros gramaticais e de ortografia, por exemplo.
A recomendação é ter cautela durante qualquer abordagem. Em caso de ser pressionado para encaminhar a selfie com documento, alegando que o link irá expirar em 24 horas, o beneficiário deve questionar o motivo de ter de encaminhar novamente endereço e telefone se já constam em seu cadastro. Caso isso ocorra, a agência bancária ou o INSS devem ser acionados imediatamente.
“O argumento para obter a selfie do consumidor segurando um documento é de que os idosos teriam valores a receber, como ressarcimento de juros abusivos pagos em dívidas passadas, atualização dos seus dados no banco ou atualização cadastral junto ao INSS. No entanto, o que acontece de fato é a contratação de novos empréstimos consignados, sem o consentimento do consumidor”, ressalta a diretora do Procon Santo André, Doroti Gomes Cavalini.
Caso o consumidor venha a sofrer o golpe, a orientação é tomar as seguintes providências: bloquear o benefício junto ao INSS; elaborar boletim de ocorrência; buscar a instituição financeira em que é correntista, para alterar a senha e confirmar os dados cadastrais e fazer bloqueio do CPF junto aos órgãos de proteção ao crédito, para receber um alerta quando ocorrer movimentação financeira.