Nesta quinta-feira (15), um relatório da Polícia federal publicado pela revista “Veja” confirmou a existência de uma minuta com orientações de como realizar um golpe de Estado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Cid foi detido no dia 3 de maio, em uma ação que investiga suspeita de adulteração em cartões de vacinação de Bolsonaro e auxiliares. O dispositivo dele também foi confiscado na operação.
A minuta descoberta no celular do tenente-coronel é chamada “Forças Armadas como poder moderador” e traz diversas ações para desconstituir as entidades democráticas. Entre elas, o afastamento e abertura de inquéritos contra ministros do TSE e outros superiores e a existência de um prazo para novas eleições. O documento afirma que as medidas poderiam ser realizadas após a aprovação do presidente da República.
Também foram encontradas no dispositivo conversas com o coronel Jean Lawand Junior, então comandante de ordens do Alto Comando do Exército (ACE), que estimula a efetuação de um golpe de Estado. “Pelo amor de Deus, Cidão, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara”, disse Lawand Junior em 1º de dezembro de 2022.