Nesta quinta-feira (28), a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a sugerir um novo remédio para evitar a infecção pelo vírus HIV: o cabotegravir, um medicamento injetável de ação duradoura.
De acordo com a entidade, o cabotegravir se mostrou “altamente efetivo” em reduzir o risco de contágio pelo vírus. O remédio, contudo, ainda não está à venda e só é usado em estudos.
“O cabotegravir de ação prolongada é uma ferramenta segura e altamente eficaz de prevenção do HIV, mas ainda não está disponível fora dos ambientes de estudo”, afirma Meg Doherty, diretora dos Programas Globais de HIV, Hepatite e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OMS.
“Esperamos que essas novas diretrizes ajudem a acelerar os esforços dos países para começar a planejar e entregar o CAB-LA [cabotegravir] juntamente com outras opções de prevenção do HIV, incluindo a PrEP oral e o anel vaginal dapivirina”, completou.
Em fevereiro, a Fiocruz e a Unitaid, uma agência global de saúde ligada à OMS, anunciaram um estudo de implantação do remédio no Brasil, para avaliar a viabilidade de implementação no SUS.
Hoje, a prevenção da infecção pelo HIV no Brasil é feita com uma combinação de dois remédios (tenofovir/entricitabina, conhecida como Truvada), disponibilizados gratuitamente pelo SUS.