Neste ano, a rede municipal de ensino registra a presença de 48 estudantes estrangeiros. Guilyne Destine, 11 anos, aluna do 6º ano da EMEFM (Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio) Arquiteto Oscar Niemeyer, está nesse grupo.
Guilyne chegou do Haiti em 2019. Falava, então, francês e crioulo; nada de Português. “Foi difícil a adaptação no início”, conta a mãe, Linda Antenor, que havia chegado ao Brasil seis anos antes, buscando melhores condições de vida para trazer a filha.
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Inicialmente, a família morou em São Paulo e Linda matriculou a filha em um colégio particular. Logo veio a pandemia e tudo ficou ainda mais difícil. Profissional de Educação, ela decidiu se mudar para São Caetano atraída pela ótima reputação do ensino. Não se arrependeu. “A escola fez um acolhimento muito bom. O que me deixou feliz, logo no começo, foi que o formulário de inscrição trazia perguntas que ajudam a escola a conhecer melhor o aluno”, conta.
Oferecer atenção individualizada foi uma preocupação dos educadores. Segundo o diretor da Oscar Niemeyer, Edgar Casado, para compreender as necessidades da aluna e auxiliá-la no uso da língua, os professores a orientavam em particular. Além disso, Guilyne foi convidada a participar de atividades extraclasse, como a Technovation Girls, competição internacional de desenvolvimento de aplicativos. “Ela está sempre disposta a aprender e colaborar com as atividades da escola”, testemunha o diretor. “Eu comecei a fazer amizades e conversar muito com os meus professores. Eles me ajudaram muito e a minha mãe também me ajuda quando eu preciso. E também a leitura me ajudou bastante!”, diz a aluna