Nesta semana, uma funcionária da Presidência da República que trabalhava diretamente com o assistente do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Barbosa Cid, depôs à Polícia Federal a respeito do caso das joias da Arábia Saudita confiscadas pela Receita que eram dirigidas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A servidora pública declarou que aceitou orientações para solicitar ao Departamento de Documentação Histórica do Gabinete do Palácio do Planalto para registrar de forma antecipada as joias apreendidas sem elas terem sido liberadas pela Receita. A oficial entregou ainda à PF um áudio que recebeu no dia 29 de dezembro sobre o assunto.
Na gravação, foi exigido que os ofícios enviados ao Departamento de Documentação Histórica fossem excluídos do sistema pois a transação para liberação das joias tinha dado errado. A equipe do ex-presidente tinha confiança que a operação seria uma vitória, o que não ocorreu, impondo ao servidor forçar à funcionária a deletar os comunicados.