
O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), por meio do desembargador federal Mauricio Kato, colocou na pauta do dia 20 de agosto o pedido do MPF (Ministério Público Federal) para iniciar ação formal contra o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Caso a Justiça Federal aceite a denúncia, Jacomussi vira réu na Operação Prato Feito.
Deflagrada em maio de 2018, a Prato Feito investiga grupos que são suspeitos de desviar recursos da União para a educação destinados à merenda escolar, uniformes, material didático, entre outros serviços.
Atila foi acusado pela Polícia Federal e pelo MPF de comandar o esquema de desvio de recursos públicos em contratos da merenda escolar em Mauá. Na ocasião, no cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito, os agentes encontraram, dentro de panelas, R$ 87 mil em dinheiro vivo. Já na residência do secretário de Governo, João Gaspar (PCdoB), foram apanhados R$ 588,4 mil, US$ 1.300 e quase 3.000 euros.
Na época, Atila foi denunciado por ocultação e lavagem de dinheiro “uma vez que os denunciados foram presos em flagrante delito ocultando grande quantia em dinheiro proveniente de infrações penais. Já os crimes de fraude em licitações e corrupção, estão sendo apurados em inquéritos policiais com diligências ainda em andamento”.
Naquele ano, o prefeito ficou preso até setembro. Depois solto pelo habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O prefeito voltaria a prisão em outra operação: Trato Feito, desdobramento da primeira. Na soltura de 2019, volta ao cargo de chefe do Executivo de Mauá e agora organiza campanha à reeleição. Jacomussi nega todas as acusações.